Dados do Serviço de Arquivo Médico e Estatístico da unidade hospitalar (Same) apontam que, de 2004 a 2011, houve uma redução de 25,6% do número de mortes por Acidente Vascular Cerebral (AVC) no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, Alagoas. Em 2004, foram registradas 417 mortes por acidente vascular cerebral; em 2011, o número caiu para 310. De janeiro a setembro deste ano, o hospital contabilizou 273 óbitos. A unidade conta com serviço especializado para atender casos.
Para Verônica Omena, diretora do HGE, " por ser, em Alagoas, o maior complexo hospitalar de urgência e emergência com atendimento exclusivo pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o Hospital Geral presta assistência a mais de mil pacientes por ano somente com AVC" , afirmou.
Em 2004, 1.175 vítimas de acidente vascular cerebral foram atendidas pela unidade; em 2011, o Same computou o registro de 1.023 pacientes. De janeiro a julho desse ano, já foram contabilizados 917 atendimentos. O AVC é a primeira causa de óbitos no HGE desde 1994, seguida de Hemorragia Digestiva Alta (HDA) e pneumonia.
De acordo com o neurocirurgião Fabrício Avelino, coordenador do Serviço de Neurologia e Neurocirurgião do HGE, a criação de uma unidade específica em 2010 facilitou a atenção ao paciente, que passou a ser assistido de forma mais integral.
" Estamos trabalhando em um projeto que inclui a criação da primeira unidade de AVC do estado e uma UTI neurológica. Esses serviços vão funcionar dentro do HGE para otimização do atendimento ao paciente em fase aguda. Esse projeto está em fase avançada de andamento junto à Sesau e esperamos concretizá-lo assim que possível" , afirmou.
Doença
O AVC é uma das principais causas de mortes no mundo e para enfrentar essa epidemia silenciosa, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a adoção de medidas urgentes de prevenção e tratamento da doença, com o objetivo de colocar o tema em destaque na agenda global de saúde.
O acidente vascular cerebral ocorre devido à alteração na circulação cerebral. No AVC isquêmico há a obstrução de um vaso sanguíneo cerebral, levando à diminuição da circulação em determinada região do cérebro.
Já no hemorrágico, acontece a ruptura de um vaso sanguíneo com sangramento dentro do cérebro. Os principais fatores de risco são a hipertensão, diabetes, colesterol elevado e o fumo.
Os sintomas mais comuns para identificar a doença são a perda de força muscular de um lado do corpo, fala enrolada, desvio da boca para um lado do rosto, sensação de formigamento no braço, dores de cabeça súbita ou intensa, tontura, náusea e vômito.