Nos últimos dois anos, os casos de meningite foram reduzidos no país nos tipos mais frequentes. Para a doença meningocócica e meningite pneumocócica, a queda foi de 29% e 30%, respectivamente. Os casos de meningocócica registrados passaram de 770, em 2010, para 547, em 2011. Já os de pneumocócica reduziram de 284 para 200, no mesmo período.
As conclusões fazem parte do Saúde Brasil 2011, publicação do Ministério da Saúde que está sendo apresentada na 12ª Mostra Nacional de Experiências Bem-Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (Expoepi). A mostra acontece até a próxima sexta-feira (19), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF).
De acordo com o estudo, a queda nas incidências de crianças de até dois anos com meningites bacterianas é justificada por iniciativas preventivas. Entre as ações está a oferta das vacinas contra as meningites por Neisseriameningitidis (meningococo), Streptococcuspneumoniae (pneumococo) e Haemophilusinfluenzae tipo b (Hib). Todas fazem parte do calendário básico do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e são ofertadas no Sistema Único de Saúde (SUS).
A doença
A meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e medula espinhal. É uma doença grave que pode ser causada por bactérias, vírus, parasitas e fungos. As meningites bacterianas são clinicamente mais graves e têm maior importância em saúde pública pela sua capacidade de ocasionar surtos e epidemias. Os principais sintomas são febre alta, dor de cabeça intensa e contínua, vômito, náuseas, rigidez de nuca e manchas vermelhas na pele. A transmissão se dá por via respiratória, e o período de incubação varia de dois a 10 dias.
Veja aqui o calendário básico de vacinação da criança.