As novas formas de prevenção e tratamento da diabetes, doença crônica que afeta hoje mais de 12 milhões de pessoa em todo o país, cerca de 6% da população brasileira, será tema do II Simpósio Doce Desafioda Universidade de Brasília (UnB) entre os dias 25 e 28 de outubro.
A iniciativa que já capacitou mais de 800 estudantes e profissionais no tratamento e prevenção da doença, conta com sete professores da UnB de diversas áreas, como Educação Física, Nutrição e Farmácia. " Já apresentamos mais de 180 trabalhos diferentes sobre o tema em congressos nacionais e internacionais" , afirma a professora Jane Dullius, coordenadora do projeto de extensão Doce Desafio de educação em diabetes.
A coordenadora, que também é diabética há mais de 40 anos, alerta para a importância da atividade física no dia-a-dia do portador ou de quem tem propensão a ter o problema. Segundo ela, " o exercício físico melhora a capacidade de os tecidos, especialmente dos músculos, captar a glicose em excesso no sangue e jogar para dentro das células para ser gerada energia. A atividade física auxilia no controle da glicemia e previne a principal causa que leva à condição diabética, que é a resistência à insulina" , afirma.
Segundo ela, o paciente deve fazer uma avaliação para saber qual atividade física é mais indicada para o seu caso, " O desejável é que o diabético faça pelo menos três tipos de modalidades: aeróbicas, para fortalecer sistema cardiovascular, que é a principal causa de morte entre os diabéticos; que trabalhem a resistência, como musculação, pois modificam a estrutura do organismo e favorece no controle glicêmico; e que favoreçam a flexibilidade, pois o diabético tem maior tendência ao enrijecimento articular e generalizado do corpo" , diz a professora, que reforça ainda que essas práticas devem ser seguidas regularmente no mínimo três vezes por semana.