Cientistas da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, desenvolveram um sensor de DNA capaz de diagnosticar doenças de maneira mais fácil e rápida.
Muitas doenças, incluindo câncer, deixam pistas genéticas no corpo, assim como criminosos deixam o DNA na cena de um crime. No entanto, as ferramentas para detectar as pistas de DNA conhecidos como miRNAs, tendem a ser lentas e caras.
Agora, Tom Vosch e seus colegas criaram um método que une o material genético a uma molécula luminescente que escurece apenas na presença do alvo específico e indica a presença de doenças em menos de 6 horas.
"Iventamos uma sonda que emite luz apenas enquanto a amostra está limpa. Essa é uma forma extraordinariamente simples e fácil de detectar a presença de um alvo genético específico", explica Vosch.
A equipe se baseou nas técnicas de detecção usadas de crimes. Em casos de assassinato, a polícia usa o DNA para identificar o assassino. Os indivíduos doentes de forma semelhante são susceptíveis a ter um perfil de miRNA único. Qualquer doença que está atacando um paciente deixa uma pista genética. E como os perfis dos miRNAs variam conforme o tipo de câncer, eles revelam qual a doença do paciente.
Vosch, especializado em estudar moléculas que se iluminam trabalhou em conjunto com Seong Wook Yang, especializado em miRNA. Juntos, eles descobriram como juntar as moléculas emissoras de luz para criar sensores de DNA para detecção de miRNAs.
Vosch e Yang descobriram que, quando os filamentos luminosos de DNA se unem a microRNAs, a luz se apaga, indicando visivelmente que o miRNA-alvo está presente na amostra.
Segundo os pesquisadores, o método funciona para a detecção de quase todos os tipos de miRNAs e, assim, de muitos tipos de câncer. A técnica atual de detecção de miRNA requer cerca de 48 horas de trabalho de laboratório a partir de amostras cruas. O novo método pode fazer o mesmo trabalho de detecção, no prazo máximo de 6 horas.