Cientistas do Georgia Health Sciences University, nos EUA, desenvolveram um novo tratamento para um tipo de prisão de ventre que afeta cerca de 40 milhões de pessoas nos EUA.
A condição, conhecida como evacuação dissinérgica, está ligada a uma má comunicação entre o cérebro e o intestino e vice-versa. O novo sistema de biofeedback ajuda os doentes a reaprender o comportamento normal e restabelece a comunicação correta.
A equipe, liderada por Satish S.C. Rao, realizou um estudo com 150 pacientes. Cerca de um terço desses participantes adquiriram a condição na infância e o restante mais tarde na vida, possivelmente como resultado de períodos prolongados de esforço para defecar. Os pacientes tinham idades entre 5 e 90 anos, mas a maioria tinha de 30 a 55.
Enquanto laxantes e outras alternativas de tratamento funcionem, elas não abordam a questão subjacente. "Estes indivíduos que não defecam de forma eficaz, eles mantêm suas fezes ou empurram suas fezes de volta para o sistema, sem perceber o que estão fazendo", observa Rao, que descobriu essa disfunção 20 anos atrás.
Para contornar o problema de uma forma total, os pesquisadores criaram um sistema de biofeedback que mede a comunicação interrompida entre intestino e cérebro.
Para medir a comunicação intestino-cérebro, eles colocaram uma pequena sonda no reto que envia uma pequena carga elétrica, em seguida, usam eletrodos no couro cabeludo para medir como o cérebro recebe o sinal. Depois, eles geram uma pequena quantidade de energia magnética perto da área do cérebro conhecida por estimular os músculos anais em indivíduos saudáveis, em seguida medem a comunicação cérebro-intestino.
O sistema de biofeedback fornece um feedback instantâneo do que os músculos estão fazendo, então a equipe pode ensinar aos pacientes quando empurrar e quando relaxar.
Eles avaliaram a sinalização bidirecional, antes e após a terapia de biofeedback em 50 pacientes em relação aos controles saudáveis.
Segundo os pesquisadores, a taxa de sucesso do método foi de 85%. O regime atual inclui sessões quinzenais com uma hora de no consultório médico juntamente com sessões de 20 minutos de prática várias vezes por dia durante três meses.