Os profissionais de saúde têm mostrado as mesmas dificuldades que os pacientes no uso correto de inaladores prescritos para a asma e outras doenças respiratórias. Desta forma, eles não podem ser chamados a instruir os pacientes.
A afirmação foi divulgada, nesta quinta-feira (4), no Drug and Therapeutics Bulletin (DTB), pela Associação Médica Britânica (BMA).
De acordo com o boletim, somente em 2011, na Inglaterra, foram prescritas 45 milhões de receitas para inaladores respiratórios a um custo de £ 900 milhões para o Sistema Nacional de Saúde (NHS). Quatro dos 10 medicamentos mais caros disponibilizados no sistema de saúde, no ano passado, foram apaziguadores ou inaladores preventivos para asma e outras doenças respiratórias.
Mesmo quando a técnica correta é aplicada, cerca de 30% da droga atinge os pulmões. Com a utilização incorreta, as chances de que o paciente não tenha nenhum retorno com o uso destes medicamentos são muito grandes, afirma o editorial.
"Vários estudos ao longo dos últimos 30 anos têm demonstrado que muitos pacientes não conseguem usar inaladores corretamente, sendo que mais de 50% destes usuários lutam para encontrar a dosagem correta. Este quadro é potencializado pela dificuldade dos próprios profissionais de saúde em praticar estas técnicas," afirma o DTB.
" Pouca atenção é dada ao ensino, verificação e reverificação das técnicas inalatórias. Uma condição que se aplica a todos os envolvidos no processo. Desde os profissionais que prescrevem àqueles que acompanham os pacientes, até os envolvidos na distribuição dos medicamentos," completa o editorial.