Novo método de diagnóstico da hanseníase, baseado na percepção de calor e frio, está sendo empregado na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) pelo neurofisiologista clínico Manoel de Figueiredo Villarroel. O objetivo é diagnosticar a hanseníase logo em seu estágio inicial, aumentando a chance de cura dos pacientes antes de qualquer comprometimento dos nervos.
O novo exame utiliza versão adaptada de um aparelho israelense usado no estudo de doenças que afetam os nervos. Consiste na chamada Placa de Peltier, formada por semicondutores e ligada a um sistema computadorizado. O arranjo permite que a placa esquente ou esfrie de acordo com a direção da corrente elétrica aplicada.
Segundo o pesquisador, " em uma lesão de pele, como um dos primeiros sinais de hanseníase é a perda de sensibilidade à temperatura, pode-se, com esse método, quantificar a perda da sensibilidade térmica e dolorosa. Dessa maneira é possível determinar como está a percepção do paciente suspeito de ter a doença" , explica. where to buy modafinil A perda de sensibilidade é traduzida em números, que podem ser usados futuramente para comparações.
Para realizar o teste, o estimulador térmico é colocado sobre a lesão de pele suspeita do paciente, e vai esquentando ou resfriando com o tempo. Quando o paciente sente a alteração da temperatura, interrompe o exame. O mesmo procedimento é repetido na pele normal, quando então é feita a comparação. " Se a percepção do calor ou frio afasta-se muito do normal, a chance do paciente estar com a doença é muito alta" , afirma o autor da tese. " Aqueles com hanseníase não percebem o calor até cerca de 50º, nem o frio até cerca de 0º, enquanto o normal seria a percepçãodo calor até 36º e sensação do frio até 28º" .
O pesquisador acompanhou, por cinco anos, 108 pacientes de diferentes unidades de atendimento na capital mineira, Belo Horizonte. Dessa forma, pôde comprovar que esse teste apresenta sensibilidade muito superior que o tradicional, que avalia a sensibilidade pelo tato.
O instrumento utilizado ainda é caro, mas já existe um esforço para barateá-lo. " Existem pesquisas em São Paulo e no Programade Pós-Graduação em Engenharia Elétrica (Engenharia Biomédica) da UFMG, para compactar e reduzir os custos do aparelho, possibilitando a produção em massa e a preço mais acessível" , afirma Villarroel.
Com informações da UFMG
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