Durante o II Congresso Brasileiro de Políticas Médicas, realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), o professor da Maastricht University (Holanda), Carlos Fernando Collares, defendeu avaliações durante a formação acadêmica, de forma continuada, de maneira a evitar o que chamou de " mera memorização" . Com o apoio do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), o evento pontuou os principais pontos sobre a avaliação do ensino médico no país. Entre as propostas em debate, foi discutida a criação do chamado exame de fim do curso, aplicado aos egressos das escolas médicas e o teste de progresso, que seria aplicado ao longo do processo de formação dos futuros profissionais abrangendo estudantes, professores e instituições. O congresso terminou nesta sexta-feira (14).
Entre os pontos frágeis do processo de aplicação dos exames, foram apontados o risco da seleção inadequada das questões e a fadiga causada com o tempo longo das provas. " A vida profissional do médico não deve começar após a conclusão do curso, mas sim desde o primeiro dia de aula" , afirmou Collares.
Segundo o presidente do CFM, Roberto Luiz d Avila, a preocupação comum é colaborar para que os futuros médicos tenham uma melhor formação, o que deve beneficiar a população com um atendimento de maior qualidade. " Como se aplicar uma avaliação para milhares de jovens médicos? Quem assumirá esta tarefa?" , questionou Roberto d Ávila.
Na solenidade de abertura, a presidente do Cremerj, Márcia Rosa de Araujo, "as pesquisas mostram que a maior preocupação da população é a saúde, o que nos traz maior responsabilidade", disse.