A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que mais de 40 hospitais públicos e privados foram danificados durante os conflitos na Síria. Combates estão danificando hospitais e postos de saúde do país, o que está prejudicando o socorro à população. Cerca de 25 postos foram completamente destruídos na cidade de Homs.
O Hospital Nacional de Homs, com 350 leitos, foi completamente danificado. No local, somente 14 instalações de saúde estão operando normalmente.
Segundo a OMS, o maior problema é a superlotação das unidades de saúde e a falta de medicamentos de primeiros socorros. Não há remédios para doenças crônicas e nem vacinas.
Um porta-voz da agência disse que a ausência de profissionais qualificados tem dificultado o atendimento. Pelo menos 50% dos médicos de Homs deixaram a cidade.
Segundo relatos recebidos pela OMS, apenas três cirurgiões permanecem na região. Os postos de saúde e hospitais estão sendo operados por voluntários que não têm treinamento médico.
Com o corte de fornecimento de água potável e a destruição das redes de saneamento básico, aumentou o risco de contaminação e doenças.
A OMS acredita que pelo menos 550 mil pessoas estão precisando de ajuda urgente em Homs.
A chefe da área de cooperação internacional e de ajuda humanitária da União Europeia, Kristalina Georgieva, disse hoje (12) que cerca de 3 milhões de sírios precisam de assistência alimentar. Segundo ela, essas pessoas não estão conseguindo receber alimentos. De acordo com Kristalina, a intensificação dos combates impede a ação humanitária. Ela apelou para que o governo e a oposição sírias cooperem e respeitem as leis de guerra.
A representante da União Europeia apelou ao governo sírio e à comunidade internacional. Segundo ela, é necessário pressionar o presidente sírio, Bashar Al Assad, e a oposição para respeitarem as leis da guerra, a fim de preservar a vida dos civis e não disparar contra ambulâncias. Ela ressaltou também que é fundamental garantir a evacuação das áreas onde há feridos e autorizar o ingresso da ajuda humanitária nas regiões de conflitos.
Há 18 meses, a Síria está sob clima de guerra. Cerca de 25 mil pessoas morreram, segundo organizações não governamentais (ONGs). Os conflitos começaram a partir de exigências da oposição para a renúncia de Assad, a abertura política e o fim das violações de direitos.