Cientistas da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, desenvolveram um novo cateter antimicrobiano que permanece livre de infecção por até 12 semanas.
A abordagem, apresentada na Society for General Microbiology's Autumn Conference, pode melhorar drasticamente a vida dos usuários de cateteres em longo prazo.
O dispositivo pode matar as bactérias urinárias, incluindo a maioria das cepas de bactérias Proteus, causa mais comum de infecções de cateter. Como retém sua atividade durante seis e doze semanas, ele pode ser usado em longo prazo, ao contrário dos cateteres disponÃveis comercialmente.
Cateteres urinários são comumente usados para gerenciar a incontinência em idosos ou indivÃduos que sofreram lesão da medula espinhal. Todos os cateteres ficam infectados depois de algumas semanas e as bactérias Proteus são responsáveis por cerca de 40% dessas infecções.
A bactéria adere à superfÃcie do cateter e desfaz a ureia, fazendo com que o pH da urina aumente. Isto faz com que depósitos de cristais minerais bloqueiem o cateter, impedindo a drenagem. Se despercebida, obstrução do cateter pode levar a infecções nos rins e na corrente sanguÃnea, o que em última instância pode resultar em morte por choque séptico.
De acordo com os pesquisadores, este novo cateter antimicrobiano tem vantagens significativas sobre os existentes. "Nosso cateter não envolve quaisquer revestimentos que estendem sua atividade antimicrobiana. O processo consiste na introdução de moléculas antimicrobianas no material do cateter depois da fabricação, de modo que elas são distribuÃdas uniformemente ao longo do dispositivo, mas podem se mover através do material para reabastecer os locais sem molécula", conclui o lÃder da pesquisa Roger Bayston.