Neurocientistas do Massachusetts Institute of Technology, nos EUA, descobriram que o exame cerebra l de pacientes com transtorno de ansiedade social pode ajudar a prever se eles vão se beneficiar de tratamento.
Pesquisa pode ajudar os médicos a escolher tratamentos mais eficazes para o transtorno de ansiedade social, que afeta cerca de 15 milhões de pessoas nos Estados Unidos.
A ansiedade social é geralmente tratada com terapia cognitivo-comportamental ou medicamentos. No entanto, atualmente é impossível prever qual o tratamento vai funcionar melhor para um paciente em particular.
Agora, John Gabrieli e seus colegas descobriram que a eficácia da terapia pode ser prevista por meio da medição da atividade cerebral dos pacientes conforme eles olharam para fotos de rostos, antes do início das sessões de terapia.
"Mostramos que algumas dessas medidas podem direcionar os indivíduos para os tratamentos que são mais propensos a funcionar para eles", afirma Gabrieli.
Pessoas que sofrem de medo social experimentam ansiedade intensa em situações sociais que interferem com sua capacidade de funcionar na vida diária. A terapia cognitivo-comportamental tem como objetivo mudar o pensamento e padrões de comportamento que levam à ansiedade.
Nos dias de hoje, os médicos podem escolher um tratamento com base em fatores como a facilidade de tomar pílulas contra frequentar terapias, a possibilidade de efeitos secundários dos medicamentos, ou o que o seguro do paciente vai cobrir. "De uma perspectiva científica, há muito pouca evidência sobre qual tratamento é ideal para uma pessoa", afirma Gabrieli.
Os pesquisadores usaram a ressonância magnética funcional (fMRI) para visualizar os cérebros dos pacientes antes e após o tratamento.
Pesquisas anteriores mostraram diferenças cerebrais entre pessoas saudáveis e pacientes com transtornos neuropsiquiátricos, mas até agora de imagem não foi estabelecida como uma maneira de prever as respostas dos pacientes a tratamentos específicos.
No novo estudo, os pesquisadores mediram as diferenças na atividade cerebral conforme os pacientes olhavam para imagens de rostos com raiva ou neutros.
Após 12 semanas de terapia cognitivo-comportamental, os níveis de ansiedade social dos pacientes foram testados. Os pesquisadores descobriram que os pacientes que tinham mostrado uma maior diferença na atividade de áreas do processamento visual durante a tarefa mostraram maior melhora após a terapia.
Segundo os pesquisadores, os resultados são um importante passo para melhorar a capacidade dos médicos de escolher o tratamento certo para distúrbios psiquiátricos.
Os pesquisadores agora estão planejando um estudo de acompanhamento para investigar se as varreduras do cérebro podem prever diferenças na resposta entre a terapia cognitivo-comportamental e a terapia medicamentosa.