Cientistas dos EUA descobriram que jogadores profissionais de futebol americano estão em maior risco de morte por doenças que danificam as células do cérebro, como a doença de Alzheimer e esclerose lateral amiotrófica.
Pesquisa revela que jogadores de posição de velocidade foram três vezes mais prováveis de morrer de uma causa neurodegenerativa que os jogadores fora da linha de velocidade.
O estudo incluiu 3.439 jogadores com uma idade média de 57 anos da National Footbal League (NFL), com pelo menos cinco temporadas jogadas entre 1959 e 1988.
Os pesquisadores revisaram atestados de óbito por causas de morte por doença de Alzheimer, Parkinson e esclerose lateral amiotrófica. No momento da análise, apenas 10% dos participantes havia falecido.
A pesquisa descobriu que os jogadores de futebol profissionais tinham três vezes mais probabilidade de morrer de doenças que afetam as células do cérebro em comparação com a população em geral.
Já o risco de morte por doença de Alzheimer ou esclerose foi quase quatro vezes maior do que a população geral. Dos 334 que morreram, sete tiveram a doença de Alzheimer e sete tinham esclerose.
O risco de morrer devido a doença de Parkinson não foi significativamente diferente do risco da população em geral.
Os resultados mostraram ainda que jogadores em posição de velocidade foram três vezes mais prováveis de morrer de uma causa neurodegenerativa que os jogadores fora da posição de velocidade.
"Estes dados são consistentes com estudos recentes que sugerem um risco maior de doença neurodegenerativa entre os jogadores de futebol americano", afirma o autor do estudo, Everett J. Lehman, do Instituto Nacional para a Segurança e Saúde Ocupacional, em Cincinnati.
A equipe ressalta que, apesar dos resultados, o estudo foi limitado pelo pequeno número de mortes na análise e precisa ser replicado em pesquisas mais extensas.