A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) irá implantar em curto prazo, no Sistema Integrado de Gerenciamento da Assistência Farmacêutica (Sigaf), um ambiente específico para o acompanhamento dos dados dos pacientes ostomizados. A ostomia é resultado de uma cirurgia em que o paciente foi submetido e que o impossibilitou de ter um trânsito normal das fezes ou urina e, por essa razão, teve que fazer uma construção de uma abertura cirúrgica abdominal, que pode ser temporário ou permanente.
Segundo a referência técnica da Coordenação de Atenção à Pessoa com Deficiência, Adriana Gomes, a mudança contribuirá, principalmente, para uma maior agilidade e controle dos dados. " Hoje existe muita duplicidade de dados e observamos que alguns pacientes estão cadastrados em mais de um município e acabam pegando uma quantidade maior de bolsas" , afirma Adriana. Atualmente, os pedidos são feitos por guias de autorização, que são enviados à SES pelos correios para cadastro e solicitação dos equipamentos.
Para receber as bolsas, os portadores de derivação intestinal e urinária devem ser cadastrados, sendo que os já cadastrados devem ser reavaliados a cada quatro meses para que não haja a interrupção temporária ou definitiva do fornecimento de bolsas e demais acessórios.
A coordenadora da Unidade de Referência Regional de Ostomia do município de Pedra Azul, Fernanda Pamponet, explica que os municípios devem ficar atentos para que os pacientes não fiquem prejudicados, caso as avaliações deixem de ser realizadas. " Sem as informações atualizadas, o sistema irá bloquear os dados, impossibilitando o processo de aquisição dos equipamentos. Portanto, os municípios deverão se organizar para tais procedimentos, buscando capacitar seus profissionais que serão os responsáveis por orientar e acompanhar os usuários ostomizados, contemplando os pontos essências de qualidade na vida destas pessoas com deficiência, com acolhimento, maior vínculo e ações de prevenção" , recomendou.