Pesquisadores da University of Massachusetts Amherst, nos EUA, descobriram um novo revestimento antibacteriano para suturas cirúrgicas.
A pesquisa revela que a substância é cerca de mil vezes mais eficaz do que o revestimento mais utilizado nos dias de hoje.
A infecção no local da incisão cirúrgica é uma das complicações pós-operatórias mais comuns que mantêm pacientes internados mais tempo e impulsionam os gastos médicos.
O revestimento antibiótico mais comum contém triclosan, mas seu uso em muitos produtos de consumo ao longo dos anos tem levado ao surgimento de cepas de bactérias resistentes aos seus efeitos. Triclosan também pode ser absorvido pelo organismo, levantando preocupações sobre possíveis efeitos adversos à saúde. Outra desvantagem para triclosan é que ele retarda o crescimento de bactérias, mas na verdade não mata aquelas já presentes.
Devido a isso, Gregory Tew e seus colegas se voltaram para PAMBM, uma nova substância que ocorre naturalmente a partir de peptídeos antimicrobianos e que pode matar uma grande variedade de bactérias. Em função da forma como funciona, PAMBM tem uma chance muito baixa de causar resistência bacteriana e levar ao surgimento das chamadas superbactérias.
Testes de laboratório mostraram que PAMBM reduziu significativamente a quantidade de bactérias em comparação com triclosan tendo ação antibiótica muito mais eficaz quando aplicado em suturas cirúrgicas.
"Como a resistência bacteriana aos agentes atuais continua a aumentar e com o aparecimento de bactérias resistentes ao triclosan, a descoberta de novos agentes antimicrobianos que permanecem ativos em revestimentos de dispositivos biomédicos é essencial", concluem os pesquisadores.