" No Brasil, são 200 mil mortes por ano causadas por doenças relacionadas ao cigarro. O número de pessoas que fuma é muito alto, podendo chegar a 30 milhões." O alerta é da pneumologista da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Oliver Nascimento. Na véspera do Dia Nacional de Combate ao Fumo, lembrado nesta quarta-feira (29), profissionais de pneumologia da Unifesp promoveram uma ação para orientar e conscientizar as pessoas sobre os malefícios do cigarro à saúde. Durante o ato, foram feitos testes para medir o nível de contaminação por monóxido de carbono no organismo de fumantes.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) mostram que pelo menos 2.655 não-fumantes morrem a cada ano por doenças relacionadas ao fumo passivo no país. O número equivale, a cada dia, a sete mortes de brasileiros que não fumam provocadas pela exposição à fumaça do tabaco.
Nascimento destaca que o cigarro está diretamente associado à dependência química pela nicotina. Cada cigarro possui quatro mil substâncias nocivas, que são metabolizadas pelo organismo, que sofre danos irreversíveis. "É preciso ressaltar que nas primeiras horas em que a pessoa para de fumas já tem benefício. Nas primeiras oito horas, o monóxido de carbono sai da corrente sanguínea. Em um dia, a pressão arterial retorna ao normal e, em três meses, melhora a tosse," explicou.
O INCA criou uma página na internet para chamar sensibilizar a população para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco. (Veja o site aqui)