Pesquisadores da Universidade de Leicester, no Reino Unido, desenvolveram um novo microscópio digital que pode criar imagens 100 vezes mais rápido do que o equipamento regular, sem perder qualidade de imagem.
O dispositivo, que possui características de eletrônicos como televisores, pode ser ligado a um microscópio de luz regular e projetar luz por meio de um sistema de espelhos para a amostra microscópica.
O novo microscópio projeta padrões de luz sobre o que vai ser analisado e somente a luz que está precisamente no plano do foco retorna ao longo do mesmo percurso e é refletida pelo espelho sobre uma câmara de modo a formar uma imagem.
A capacidade de programar o dispositivo de espelho permite que o padrão de iluminação seja facilmente ajustado para diferentes tipos de amostras e condições.
Luzes indesejadas que vêm de regiões de fora da amostra são rejeitadas, melhorando a qualidade da imagem.
As imagens resultantes podem ser digitalizadas em um computador em cerca de 100 quadros por segundo, mostrando processos biológicos, como a atividade das células em velocidades muito mais elevadas do que os microscópios regulares, que tendem a ser limitados a cerca de 1 quadro por segundo.
Os pesquisadores acreditam que esta tecnologia será de grande ajuda para pesquisadores que trabalham em muitos campos científicos, incluindo a investigação biomédica e a neurociência.
A pesquisa foi liderada pelo professor Nick Hartell, que planeja usar o novo dispositivo para o próprio trabalho de estudar os mecanismos celulares envolvidos no armazenamento de memórias no cérebro.
"A pesquisa biológica e a neurociência moderna dependem do desenvolvimento de novas tecnologias que permitem a detecção óptica de eventos biológicos. Muitos desses eventos ocorrem na escala de tempo de milissegundos e portanto há uma grande necessidade de novos métodos de detecção de eventos, a alta velocidade e com elevada resolução", afirma Hartell.