Equipe de pesquisadores do Peninsula College of Medicine and Dentistry (PCMD), University of Exeter e University of Cambridge estabeleceu, pela primeira vez, uma conexão entre os altos níveis do composto Bisfenol-A (BPA) na urina e a estenose grave da artéria coronária (estreitamento das artérias). O BPA é usado na fabricação de policarbonato (plástico), que serve como matéria-prima para produção de garrafas de refrigerante, CDs e embalagens plásticas para armazenar comida.
A equipe analisou dados de 591 pacientes do Reino Unido, que participaram do estudo Metabonomics and Genomics Coronary Artery Disease (MaGiCAD). Eles compararam a BPA encontrada na urina com graus de severidade da doença arterial coronariana (DAC).
Os pacientes foram classificados em categorias de grave, médio ou normal de acordo com o estreitamento de suas artérias coronárias medido usando uma técnica chamada angiografia, que é considerado o método padrão do diagnóstico. Ao todo, 385 pacientes foram identificados na categoria grave, 86 na intermediária CAD e 120 tinham artérias coronárias normais.
O estudo mostra que a concentração de BPA na urina foi significativamente maior nos pacientes com DAC grave em comparação com aqueles com artérias coronárias normais.
"Nosso estudo sugere que o BPA pode estar adicionando fatores de risco conhecidos para doenças cardíacas. Contudo, um prova completa será muito difícil de conseguir, uma vez que experimentos desse tipo em humanos são inviáveis", disse o líder do estudo, professor David Melzer, da University of Exeter.