Cientistas do University Hospital Basel, na SuÃça, desenvolveram um teste sensÃvel capaz de diagnosticar o ataque cardÃaco em apenas uma hora em pacientes com dor no peito.
A abordagem, que detecta mudanças mÃnimas em um marcador bioquÃmico padrão para infarto do miocárdio pode agilizar e melhorar o tratamento de pacientes nas emergências.
"Há uma demanda por novas ferramentas que podem ajudar a triagem rápida de pacientes com ataque cardÃaco, especialmente já que as emergências têm ficado mais cheias", afirma a pesquisadora L. Kristin Newby.
Quando um paciente chega ao hospital com dores no peito, a primeira coisa que os médicos fazem é detectar ou descartar um ataque cardÃaco. O padrão para diagnóstico da condição se baseia em avaliação clÃnica, eletrocardiográfica, e medição de um marcador bioquÃmico chamado troponina (ou CTN). Sem um teste rápido para o marcador, pode levar 3 horas ou mais para verificar se há aumentos nos seus nÃveis.
A equipe, liderada por Tobias Reichlin, desenvolveu e validou um algoritmo projetado para ajudar os médicos rapidamente a detectar ou descartar o ataque cardÃaco.
Eles recrutaram 872 pacientes que chegaram à emergência com dor torácica aguda. Ataque cardÃaco foi o diagnóstico final em 147 (17%) dos mesmos.
Eles testaram o algoritmo em metade dos pacientes e validaram na metade restante. O algoritmo usou dados gerais e alterações absolutas nos nÃveis do marcador bioquÃmico dentro da primeira hora.
Quando eles validaram o teste no segundo grupo de pacientes, dentro de uma hora eles descartaram o ataque cardÃaco em 60% deles e detectaram a condição em 17%, 23% foram classificados como sendo zona de observação.
Eles descobriram que a sobrevivência após 30 dias foi de quase 100%, 98,6% e 95,3% para os pacientes classificados como sem ataque cardÃaco, zona de observação, e com a condição, respectivamente.
Segundo os pesquisadores, o uso do algoritmo permitiu uma classificação correta e rápida dos pacientes que deram entrada no hospital com dor no peito. "Esta nova estratégia pode evitar a necessidade de acompanhamento prolongado e coleta de sangue constante em pacientes com dor torácica", conclui Reichlin.