O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS) cobrou novamente, nesta sexta-feira (10), segurança em hospitais e postos de saúde da capital Porto Alegre. O Hospital Cristo Redentor, especializado em trauma, foi alvo de novo ato de violência, desta vez praticado por um homem que buscava atendimento na instituição. O paciente de 55 anos, que quebrou vidros dos guichês e ameaçou funcionários com uma barra de ferro, já havia sido atendido outras 58 vezes em 12 meses no hospital.
O diretor do sindicato, Jorge Eltz criticou a falta de segurança nas instituições de saúde. Levantamento Sindicato mostra que, desde 2006, foram mais de 50 casos somente na Capital. Este ano já foram três registros em hospitais - o Hospital Criança Conceição foi alvo da revolta de pais de uma criança por causa da superlotação e o Cristo Redentor também teve um caso. "A maior parte dos episódios é efeito da dificuldade da população em acessar o atendimento, principalmente pelo tempo de espera, mas a culpa não é dos profissionais", alertou o diretor.
Na semana passada, o SIMERS e a Associação dos Médicos do Hospital Cristo Redentor (Amecre) se reuniram com o secretário estadual da Segurança Pública, Aírton Michels, para exigir garantia da atuação da Brigada Militar nos locais de assistência.