Estudo conduzido por pesquisadores dos Estados Unidos reúne evidências de que 56,5% dos sites encontrados por meio do Google com informações sobre segurança infantil do sono apresentam dados imprecisos ou irrelevantes. Além disso, dados mostram que 72% dos adultos do país acham que poderiam acreditar na maioria ou em toda a informação sobre saúde encontrada na internet e 70% disseram que as informações encontradas afetaram a sua saúde, suas ações relacionadas à saúde e à saúde de seus filhos. Em 2010, 59% da população dos Estados Unidos recorreu à internet para realizar pesquisas sobre saúde e pais em busca de informações para tratar seus filhos figuraram entre os principais usuários.
Em 2011, a American Academy of Pediatrics (AAP) publicou recomendações sobre a segurança do sono infantil, para reduzir o risco de síndrome da morte súbita infantil (SIDS - sigla em inglês), sufocação, estrangulamento e outras causas de mortes acidentais relacionadas ao sono. No entanto, de acordo com estudo publicado no The Journal of Pediatrics, as pesquisas em sites de busca relacionadas com a segurança do sono infantil em grande parte das vezes não refletem as recomendações da AAP.
"É importante que prestadores de cuidados de saúde percebam até que ponto os pais podem recorrer à internet para obter informações sobre segurança do sono infantil, então, agir sobre aqueles conselhos, independentemente da confiabilidade da fonte", destaca a pesquisadora envolvida no estudo Rachel Y. Moon, Children's National Medical Center, em Washington.
A equipe de pesquisa analisou a exatidão das informações sobre segurança do sono infantil disponíveis na internet, usando o Google - ferramenta de busca mais utilizada no EUA. Treze frases com palavras chaves foram criadas para refletir as recomendações específicas da AAP para segurança do sono infantil e os primeiros cem sites encontrados foram analisados para cada uma das frases (1,3 mil no total).
Dos 1,3 mil sites encontrados, 43% forneceram informações precisas, 28,1% apresentaram informações imprecisas e 28,4% forneceram informações não relevantes para a segurança do sono infantil. Quando os sites que não continham informações relevantes foram excluídos, 60,8% dos sites forneceram informações precisas.
Os tipos mais comuns de sites resultantes das frases-chave de busca foram grupos de interesse, análises de produtos de varejo e sites educacionais. Sites do governo e de organizações apresentaram maior percentual de informações precisas (80,1% e 72,5%, respectivamente). Blogs, análises de produtos de varejo e sites individuais tinham o maior percentual de informações imprecisas sobre a segurança infantil do sono (30,9%, 36,2% e 45,5%, respectivamente). Sites de notícias foram precisos apenas na metade dos casos.