Muitos atletas são proibidos de terem relações sexuais durante competições como forma de preservar o desempenho físico. No entanto especialistas da Universidade McGill, no Canadá, afirmam que o sexo não provoca redução na força física, na potência e na resistência.
Revisão de estudos científicos sobre o assunto publicado no Clinical Journal of Sport Medicine sugere sexo na noite anterior à competição não tem efeito sobre resultados de testes fisiológicos. Em um estudo, 14 ex-altetas do sexo masculino casados foram submetidos a um teste de força máxima na manhã após o coito e repetiram o mesmo após seis dias sem sexo. Resultados mostraram nem a força nem a resistência dos músculos foram negativamente afetadas pelo sexo na noite anterior.
Um estudo posterior conduzido na Colorado State University, nos Estados Unidos, foi realizado com homens casados de 18 a 45 anos. Resultados mostraram que o sexo não alterou resultados em testes de força, preensão, equilíbrio, movimento lateral, tempo de reação, potência aeróbica e VO2 máximo.
Um terceiro estudo realizado em 1995 descobriu ter relações sexuais 12 horas antes de um teste de aptidão não provoca efeitos significativos na potência aeróbia máxima, no pulso de oxigênio ou na pressão arterial.
Existe uma teoria de que a frustração sexual torna as pessoas mais agressivas, e que a ejaculação dispersa testosterona, hormônio relacionado com o desempenho atlético. "Aqueles que alegam que o sexo diminui o desempenho, em geral dizem que é porque ele diminui o foco, a agressão ou a tensão. Não existem estudos que comprovem isso isto. Mesmo que a teoria esteja correta, a maioria das pessoas atualmente acredita que existe um nível ótimo de agressão ou foco - muito pouco e um atleta não se sairá bem, em excesso e ele também não se sairá bem", diz o pesquisador Ian Shrier, da Universidade McGill.
O estudo liderado pelo pesquisador canadense não observou se o sexo tem impacto negativo sobre o desempenho psicológico. "Quando testamos pessoas no laboratório, estamos examinando o desempenho, mas na competição, o estado psicológico desempenha um papel importante", diz Shrier