Como parte da estratégia para preparar a saúde do Rio de Janeiro para receber a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, a subsecretária de Vigilância em Saúde do Rio de Janeiro, Hellen Miyamoto, estará em Londres, a partir desta semana, durante os Jogos Olímpicos, como uma das observadoras do evento para trazer as melhores práticas da organização dos Jogos para o Brasil.
" Há duas experiências do governo britânico que queremos trazer para o Rio de Janeiro. Lá em Londres vamos conhecer o trabalho que eles fizeram antes dos Jogos Olímpicos para aumentar o suprimento de sangue, focado no aumento da conscientização da população na necessidade de doação constante" , afirma.
Segundo ela, o Brasil, apesar de ser um país solidário, ainda não tem essa cultura e sofre em períodos críticos com a redução no número de doações, que acabam comprometendo cirurgias e atendimentos de emergência. " Queremos conhecer, adaptar e aprimorar a experiência do Reino Unido em aumentar o número de doadores e, consequentemente, de estoque de sangue" , diz.
Uma outra experiência que será avaliada pela subsecretária é a do SAMU de Paris. " A ideia é fortalecer a capacidade de resposta das nossas ambulâncias em situações de resgate e catástrofes" , informa.
Copa 2014 e Olimpíadas 2016
Ainda de acordo com Hellen Miyamoto, assim como para a Copa do Mundo de 2014 foi organizada uma Câmara Temática de Saúde nacional, para as Olimpíadas de 2016 há um Grupo de Trabalho que também está fazendo reuniões periódicas, repassando todos os compromissos assumidos pelo governo brasileiro para a realização dos Jogos e definindo as estratégias e cronogramas de implantação até a data do evento.
Hellen também diz que o Rio de Janeiro já tem larga experiência na realização de grandes eventos, e tem sido referência para as demais cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. Todo o planejamento está sendo feito para que 98% dos casos sejam resolvidos no local de atendimento, sem necessidade de remoção do paciente.
A expectativa é que até 2014 cinco Centros de Trauma sejam instalados em pontos estratégicos da Região Metropolitana. O primeiro deles, em São Gonçalo, já começa a funcionar neste ano. Já os outros ficarão nos hospitais estaduais Alberto Torres, Albert Schweitzer, Adão Pereira Nunes, no novo Rocha Faria e no Hospital Estadual de Trauma, que será construído na Baixada Fluminense.