O Ministério da Saúde (MS) reforçou, nesta quinta-feira (26), a recomendação para que o antiviral oseltamivir, também chamado de Tamiflu, seja receitado nas primeiras 48 horas, sem necessidade de exames laboratoriais, a todos os pacientes com sintomas de gripe que moram em estados onde foi registrada alta circulação do vírus Influenza H1N1, como nos da região sul do país.
A orientação é para todas as pessoas, até mesmo aquelas que não fazem parte do grupo de risco: grávidas, idosos, índios, profissionais de saúde e crianças com idades entre seis meses e dois anos.
Nos outros estados, no entanto, continuam valendo as recomendações do Protocolo de Tratamento da Influenza, que recomenda que, para as pessoas dos grupos vulneráveis a complicações, o tratamento com o remédio seja iniciado o mais rápido possível, após os primeiros sintomas, sem aguardar resultados de laboratório ou sinais de agravamento. Nesses locais, os pacientes com síndrome gripal, que não pertencem aos grupos de risco, devem receber o medicamento caso apresentem sinais de agravamento, como falta de ar ou persistência da febre por mais de três dias.
O antiviral, que é capaz de reduzir as formas graves e óbitos pela doença, é oferecido na rede pública, de forma gratuita e com orientação médica, às pessoas com síndrome gripal. Para atingir sua eficácia máxima, o antiviral deve ser iniciado nas primeiras 48 horas após o início da doença. Entretanto, mesmo ultrapassado esse período, o Ministério da Saúde indica a prescrição do medicamento.
Para reforçar a recomendação, foi elaborado um cartazpara livre reprodução pelas secretarias estaduais e municipais. O objetivo é auxiliar os médicos sobre a conduta de atendimento aos pacientes com os sintomas, não apenas sobre os casos em que é indicado o uso do medicamento, bem como sua dosagem de acordo com a faixa etária do paciente.