Especialistas chamaram a atenção durante a 19ª Conferência Internacional sobre Aids, em Washington, nos Estados Unidos, sobre a necessidade de ampliar a rede de programas para além das grávidas e lactantes. Segundo informaram, as mulheres estão mais vulneráveis à doença. Só em 2011, 1,2 milhão de mulheres, incluindo adolescentes e jovens, foram infectadas, a maioria nos países em desenvolvimento.
De acordo com os dados apresentados na conferência, os casos de infecção entre as mulheres jovens, de 15 a 24 anos, são duas vezes maiores aos dos homens da mesma faixa etária. Pelo menos 63% das mulheres jovens contaminadas vivem com o vírus.
Segundo a professora de medicina da Universidade da Califórnia, em São Francisco, e copresidente da conferência de Washington, Diane Havlir, "não podemos sequer começar a falar em pôr fim à aids enquanto uma parte tão importante do impacto da epidemia continuar a afetar tão fortemente as mulheres", disse.
Diane Havlir lembrou que o hábito de sexo sem preservativo ainda é frequente. Segundo ela, em vários países, a cultura da relação sexual sem proteção é a comum, assim como os abusos sexuais.
Para a professora de medicina, é necessário adotar novas abordagens de prevenção utilizando antirretrovirais e microbicidas (substâncias aplicadas no órgão genital que diminuem infecções por doenças sexualmente transmissíveis, como em forma de creme e gel, por exemplo).
Com informações da Agência Brasil