Estudo internacional liderado por pesquisadores da Universidade de Adelaide, na Austrália, descobriu que mulheres que usam maconha podem enfrentar risco duas vezes maior de dar à luz prematuramente.
O parto prematuro - pelo menos três semanas antes da data prevista - pode resultar em sérios problemas de saúde e risco de vida para o bebê, além de risco aumentado de problemas de saúde mais tarde na vida, tais como doenças cardíacas e diabetes.
Pesquisa realizada com mais de 3 mil mulheres grávidas em Adelaide, na Austrália e Auckland, na Nova Zelândia, detalhou os fatores de risco mais comuns para o nascimento prematuro. A equipe de investigação, liderada pelo professor Gus Dekker então descobriu que o uso de maconha entre mulheres está entre os principais fatores de risco para parto prematuro espontâneo. Estes fatores incluem: histórico familiar de bebês abaixo do peso (aumenta o risco em mais de seis vezes), uso de maconha antes da gravidez (mais que duplica o risco), ter mãe com história de pré-eclâmpsia (mais que duplica o risco); ter histórico de hemorragias vaginais (mais que duplica o risco), ter mãe com diabetes tipo 1 ou 2 (mais que duplica o risco).
A equipe também descobriu que os maiores fatores de risco envolvidos na ruptura prematura das membranas que levam ao nascimento foram: hipertensão leve (aumenta o risco em quase dez vezes), histórico familiar de diabetes gestacional recorrente (aumenta em oito vezes o risco), receber tratamento hormonal de fertilidade (aumenta em quatro vezes o risco), ter índice de massa corporal (IMC) inferior a 20 (mais que duplica o risco)
"Uma melhor compreensão dos fatores de risco envolvidos no parto prematuro nos leva um passo à frente no sentido de desenvolver um teste - genético ou não -, que vai nos ajudar a prever com maior precisão o risco de nascimentos prematuros", conclui Dekker.