Três técnicos do Ministério da Saúde já estão no Rio Grande do Sul para investigar as mortes provocadas pela influenza A (H1N1) - gripe suína - no estado. O último boletim da Secretaria de Saúde local indica um total de 29 mortes desde o início do ano.
De acordo com o órgão, não há previsão sobre o tempo de permanência dos técnicos no Rio Grande do Sul, mas a expectativa é que os trabalhos sejam concluídos o mais rápido possível e possam contribuir para o mapeamento da circulação do vírus na região.
Uma equipe similar foi enviada anteriormente pela pasta a Santa Catarina também para investigar as mortes provocadas pela doença. O relatório conclusivo, divulgado na última sexta-feira (13), indica que a maioria das vítimas apresentava comorbidades como cardiopatias, obesidade e diabetes e não recebeu o tratamento indicado nas primeiras 48 horas após o aparecimento dos sintomas.
Em Santa Catarina, a metade das pessoas que vieram a óbito começou o tratamento com o antiviral oseltamivir com mais de cinco dias após o início dos sintomas. A medida que pode evitar agravamento dos casos e a ocorrência de óbitos, é o acesso rápido ao antiviral oseltamivir. De acordo com o relatório, as principais doenças foram cardiopatias, pneumopatias, obesidade e diabetes, predominantemente entre pessoas do sexo masculino com idade entre 40 e 59 anos. De acordo com a investigação, as pessoas que faleceram iniciaram o tratamento tardiamente, com histórico de mais de um atendimento em serviço de saúde, antes da última internação.