O Centro de Traumas do Hospital de Base do Distrito Federal, em Brasília, inaugurado em abril do ano passado, tornou-se referência no atendimento a acidentados do eixo centro norte do país. O complexo, que conta com uma Sala Vermelha para acidentados graves, uma Amarela, para casos menos complexos e uma sala de unidade intermediária com três leitos de UTI, atende uma média de mil pacientes por mês.
Somente na Sala Vermelha, que recebe os pacientes com risco iminente de morte, a média é de 180 atendimentos por mês. " Temos que tomar a decisão clínica do procedimento em tempo hábil, não pode haver perda de tempo" , explica o coordenador do Centro de Trauma, Luiz Guilherme Reys, referindo-se à importância do trabalho integrado entre o hospital e o Serviço Móvel de Urgência (Samu-192).
Segundo Luiz Guilherme, quando a estabilização ocorre na primeira hora depois do acidente - dentro do chamado " período de ouro" - aumentam bastante as chances de recuperação do paciente.
Apesar disso, para o médico, quando o paciente vem outros estados ou do entorno do DF, a situação é diferente. Segundo Luiz Guilherme, quase sempre as pessoas chegam ao hospital em ambulâncias inadequadas, sem equipamentos e sem o pessoal necessário. " Existem muitos casos em que, se o paciente tivesse passado antes por uma estabilização num hospital próximo, as chances de sobrevivência seriam bem maiores após chegar ao Hospital de Base" , adverte.
O Centro de Traumas funciona 24 horas por dia com diversas especialidades e exames. São médicos cirurgiões gerais e residentes que atuam diretamente no local e podem acionar a qualquer tempo outros especialistas do hospital como, por exemplo, em cirurgia toráxica, ortopedia, urologia, neurocirurgia e cirurgia bucomaxilofacial.