A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) de Alagoas reuniu, nesta terça-feira (10), técnicos do Núcleo de Ciência e Tecnologia da instituição, para discutir a implantação de um Comitê de Investigação de Óbitos Suspeitos por Dengue. A ideia é avaliar a qualidade do atendimento aos pacientes com suspeita da doença, identificar causas de mortes e corrigir problemas que comprometam a vida do atendido.
A medida vem após o estado registrar, até a última semana, mais 18 mil casos da doença. Além disso, o número de óbitos subiu para 23, alta de 91% em relação ao mesmo período do ano passado, quando houve 12 mortes.
Os profissionais irão agir em casos de óbitos suspeitos de Dengue, observando como se deu o acesso da vítima ao serviço de saúde. Eles também irão investigar a organização da unidade de saúde, além da qualidade do manejo clínico.
"O comitê terá a atribuição de focar na investigação das mortes causadas por Dengue, porque a maioria delas pode ser evitada com um atendimento adequado. Por isso, os integrantes do comitê terão a atribuição de identificar as não conformidades e saná-las, para evitar novas mortes em decorrência dos mesmos problemas", afirmou o assessor técnico do gabinete da Secretaria Nacional de Atenção à Saúde, Rodrigo Said.
De acordo com a diretora de Vigilância Epidemiológica da Sesau, Cleide Moreira, a proposta é criar uma parceria entre vigilância e assistência. Ela explica que o plano de contingência já existe, o que falta é o reforço das ações a serem implementadas pelos integrantes do Comitê de Investigação de Óbitos Suspeitos por Dengue. "Entre as ações, por exemplo, está a visita às unidades onde os pacientes que morreram foram atendidos. Durante as ações, os técnicos irão analisar os problemas e propor soluções, mediante um planejamento a ser realizado em conjunto com o Ministério da Saúde", explicou.