Galinha comum encontrada em granjas pode abrir caminho para o desenvolvimento de novas abordagens para combater infecções e, até mesmo, o câncer. A afirmação é de uma equipe internacional formada por pesquisadores da Texas A&M University, nos Estados Unidos, e da Seoul National University, na Coreia. Resultados do estudo foram publicados na revista PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences).
O grupo de cientistas examinou 62 galinhas Leghorn brancas e 53 Cornish para a diversidade na NK-lisina, uma substância antibacteriana que ocorre naturalmente em animais e é utilizada como um método de luta contra doenças. Os animais foram capazes de obter duas variações genéticas da proteína NK-lisina. Depois de realizar uma sequência de DNA dos frangos, a equipe descobriu duas variações dos genes que ofereceram pistas quanto à sua capacidade de proteção para evitar infecções. Os resultados ainda apresentaram surpresas: ambas as variações eram capazes de combater infecções bacterianas e outras doenças, além disso, uma delas também se mostrou eficaz contra células cancerosas.
"Uma forma parece ser mais potente em matar células cancerosas do que a outra, e isso é o que, naturalmente, chamou nossa atenção", diz o co-autor do estudo James Womack. "Isso poderia levar a outras medidas para combater o câncer ou no desenvolvimento de formas de prevenir certas infecções ou até mesmo doenças. É uma outra porta que se abriu. Nós estamos olhando para estudos semelhantes agora para ver se isso é possível com o gado. O próximo passo é trabalhar com outros animais e ver se existem variantes semelhantes", conclui.