Estudo conduzido por pesquisadores da Austrália investiga traços de personalidade que tornam pessoas mais vulneráveis a comerem em excesso e à obesidade. Resultados do levantamento serão apresentados na reunião anual da Society for the Study of Ingestive Behavior (SSIB), na Suíça.
As taxas de obesidade são parcialmente atribuídas ao fácil acesso a alimentos baratos e ricos em calorias. No entanto, muitos indivíduos expostos aos mesmos alimentos se mantêm em peso saudável. Estudo liderado por Natalie Loxton, da University of Queensland, propõe que o centro de recompensa do cérebro é o fator chave que predispõe algumas pessoas a serem mais atraídas por estímulos relacionados com alimentos saborosos - como, por exemplo, comerciais de "junk food".
"Testamos se indivíduos sensíveis à recompensa experimentam maior prazer e vontade de comer depois de assistirem comerciais de TV sobre 'junk foods', em comparação com comerciais sobre alimentos saudáveis, ou não relacionados à comida", explica Loxton.
O estudo reuniu 75 homens e mulheres que assistiram 30 minutos de comercias relacionados a "junk food", alimentos saudáveis e de itens não relacionados à alimentação. Após a exibição, os pesquisadores pediram aos participantes para avaliarem a agradabilidade das imagens de alimentos e o grau de desejo de comer após a sessão.
"Como hipótese, sensibilidade à recompensa foi associada com aumento na vontade de comer 'junk food'. Não houve tal associação em relação aos alimentos saudáveis e houve queda no apetite em relação aos comerciais não relacionados a alimentos", relata a pesquisadora. O estudo também descobriu que a sensibilidade à recompensa foi associada com maior gosto pelas imagens de "junk food", mas só entre mulheres.