A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) do Espírito Santo vai distribuir quase 40 mil preservativos femininos para grupos prioritários, como profissionais do sexo, quilombolas e aquelas que vivem com HIV/Aids ou têm o parceiro infectado pelo vírus. O material foi enviado nesta semana pelo Ministério da Saúde (MS).
De acordo com a coordenadora do Programa de HIV/Aids da Sesa, Sandra Fagundes, a prioridade na distribuição dos itens se faz necessária porque o preservativo feminino ainda é menos comum e depende de uma certa técnica para ser usado.
" As mulheres precisam treinar como colocar. Os treinamentos serão dados pelos municípios, serviços especializados e ONGs da área. Haverá prioridade na entrega dos preservativos femininos para os 22 serviços especializados no tratamento da doença no Estado - ofertados em 13 municípios. Há ainda as profissionais do sexo, quilombolas e mulheres engajadas no uso deste item" , completa a coordenadora.
O preservativo feminino apresenta a vantagem de dar à mulher mais controle sobre o ato sexual. " Geralmente a mulher tem que pedir que o homem coloque o preservativo masculino, alguns podem se negar, originando até mesmo uma situação de violência, deixando a mulher mais vulnerável. Com a camisinha feminina essa situação pode se inverter. Entretanto, a segurança oferecida por ambos é a mesma contra doenças sexualmente transmissíveis" , lembra Sandra.