O Ministério da Saúde (MS) registrou aumento de 54% no número de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) beneficiados pela distribuição gratuita de medicamentos contra a asma, após o primeiro mês da inclusão dos fármacos no programa Saúde Não tem Preço. Entre 4 de junho a 3 de julho, 71.607 mil pessoas retiraram os antiasmáticos. Nos 30 dias que antecederam o início da gratuidade, 46.379 pessoas haviam comprado os remédios com até 90% de desconto em unidades da Farmácia Popular.
Antes, os consumidores arcavam com 10% do valor. Agora, o governo assume a contrapartida que era paga pelo cidadão e oferece de graça três medicamentos: brometo de ipratrópio, dirpoprionato de beclometasona e sulfato de salbutamol. O custo total da ação é de R$ 836 milhões. Com a gratuidade, o crescimento do número de pacientes que retiraram medicamentos em alguns estados chegou a 84%, como no Rio Grande do Sul, onde 18,8 mil pessoas foram beneficiadas, contra 10,2 mil nos 30 dias anteriores à ação. Já Minas Gerais foi o estado com maior número de pacientes atendidos, chegando a 19,3 mil.
A alteração beneficia principalmente crianças. A asma está entre as principais causas de internação na população de 0 a 6 anos. Em 2011, do total de 177,8 mil hospitalizações no SUS em decorrência da doença, 77,1 mil foram de menores nessa faixa etária. Cerca de 2,5 mil pessoas morrem por ano por causa da asma no país.