O Instituto Falcão Bauer da Qualidade acaba de emitir o primeiro certificado para um fabricante nacional de próteses mamárias. Agora, as próteses ganham o Selo de Identificação da Conformidade, do Inmetro. Foram aprovadas após ensaios mecânicos, biológicos e químicos e em análises que detectam, em microscópio, a presença de metais pesados, como cádmio, chumbo e mercúrio, danosos à saúde.
Desde março, por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), condicionou a venda de implantes mamários de silicone no país ao aval do Inmetro.
A entidade passou a exigir a certificação depois do escândalo internacional envolvendo as marcas francesa Poly Implant Prothese (PIP) e a holandesa Rofil, acusadas de usar silicone inapropriado aumentando o risco de o implante romper ou vazar e provocar problemas de saúde. Calcula-se que 20 mil brasileiras têm implantes das duas marcas estrangeiras.
Atualmente, duas fabricantes nacionais e 18 estrangeiras têm autorização para vender silicone de mama no Brasil. A obrigatoriedade do selo de qualidade se limita às próteses de silicone de mama, não se aplica às de glúteo e panturrilha.
Até o início do ano, a empresa precisava apresentar apenas um certificado do país de origem para conseguir autorização de venda da prótese no Brasil, e os lotes não tinham que ser testados pelo instituto.