O Rio de Janeiro registrou a 500ª cirurgia em bebês com cardiopatias graves - doenças que afetam o coração - na última semana. A pequena Ester Viana foi operada na Clínica Perinatal da Barra da Tijuca e passa bem. A menina tinha apenas algumas horas de vida quando o problema foi detectado. Segundo a mãe, Elinadja da Silva Damas, uma ultrassonografia morfológica durante o pré-natal acusou uma alteração no coração, nada grave. Mas ao nascer, a menina teve que ser internada na UTI e, apenas 10 dias após o parto, foi operada na Perinatal.
Desde 2009, 25 crianças são submetidas, por mês, a cirugia. A taxa de sobrevida desses bebês no estado é de 94%.
Atualmente, 1% das crianças que nascem no país, cerca de 24 mil, apresentam algum tipo de cardiopatia, tornando essa incidência oito vezes maior do que a Síndrome de Down, por exemplo. Dezesseis mil morrem por ano precisando de cirurgia em centros de referência. Entre as patologias mais comuns, estão CIV comunicação interventricular, CIA comunicação interatrial, persistência do canal arterial, tetralogia de Fallot, transposição das grandes artérias e doença do ventrículo único.
No Rio de Janeiro, nascem, por ano, cerca de 2.170 crianças com cardiopatia congênita e 700 delas apresentam a forma crítica da doença, necessitando de cirurgias complexas em um curto espaço de tempo.