Mulheres com diagnóstico de restrição do crescimento fetal (RCF) também podem apresentar um problema cardíaco no qual o coração não trabalha com a máxima eficiência durante o período de relaxamento. É o que aponta estudo desenvolvido por pesquisadores do Hospital St. George, na Universidade de Londres, no Reino Unido.
Na pesquisa, iniciada em 2008, foram comparados casos de 25 mulheres com pré-eclâmpsia e RCF e 58 mulheres com gestações normais. Elas foram submetidas a ecocardiograma (ultra-som do coração) e eletrocardiograma (atividade elétrica dos batimentos cardíacos), leituras de pressão arterial e outras aferições para medir a função cardíaca. Os estudos foram feitos no momento do diagnóstico da restrição ou da pré-eclampsia, ou até 12 semanas após o parto.
"As mulheres cujas gestações são afetadas pela restrição têm alto risco de doença cardiovascular e de morte futura. Nossos resultados ajudam a esclarecer como este risco se desenvolve para que essas mulheres possam ser identificadas e recebam o tratamento preventivo", afirma o autor da pesquisa Basky Thilaganathan .
Segundo o pesquisador, mudanças de estilo de vida e intervenções médicas anteriores na vida poderiam ajudar a reduzir o risco de doença cardiovascular no futuro e até mesmo a morte.
A RCF é uma anormalidade da gravidez em que os fetos não crescem como em 90% dos casos. A anomalia pode comprometer a saúde da criança, causar sofrimento fetal e a necessidade de parto prematuro.