Meta-análise reúne evidências de que fumar possui ligação com risco aumentado de câncer de pele - carcinoma de células escamosas.
Cerca de 97% dos cânceres de pele se originam no tecido celular na pele (câncer epitelial) e são carcinomas de células basais ou carcinomas de células escamosas, que são classificados como cânceres de pele - não melanoma (NMSC - sigla em inglês). Casos de NMSC estão aumentando em todo o mundo. Estima-se que a cada ano surjam de dois a três milhões de novos casos da doença.
Equipe de pesquisadores liderada por Jo Leonardi-Bee, do Centre for Tobacco Control Studies, da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, conduziu meta-análise de 25 estudos. "Esta revisão sistemática e meta-análise mostrou uma relação clara e consistente entre o tabagismo e casos de carcinomas de células escamosas, com aumento de 52% nas probabilidades. Entretanto, nenhuma associação clara foi observada entre tabagismo e carcinomas de células basais ou NMSC.
" Os maiores efeitos da associação entre tabagismo e o carcinoma de células escamosas foram identificados em fumantes ou pessoas que nunca fumaram, com menor efeito ocorrendo em ex-fumantes" , afirmam os pesquisadores.
Os pesquisadores afirmam que as descobertas podem ser generalizadas devido ao fato de que os estudos que analisadas incluíram os resultados de 11 países de quatro continentes que analisaram populações da meia-idade à velhice.
"Este estudo destaca a importância de os clínicos identificarem os pacientes de alto risco, incluindo fumantes atuais, para possibilitar o diagnóstico precoce do câncer, pois isso pode melhorar o prognóstico, pois as lesões iniciais são mais fáceis de tratar", conclui Leonardi-Bee.