O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou, nesta sexta-feira (22), a entrada do país na disputa pelo mercado internacional de vacinas. O governo federal vai investir R$ 52 milhões para ampliar em seis vezes a produção nacional da vacina BCG contra a tuberculose. O principal objetivo é exportar o imunizante em escala global, além de continuar abastecendo a demanda interna. Atualmente, o Brasil exporta sete tipos de vacina para todo o mundo.
" Isso vai permitir que o Brasil, além de manter o abastecimento da vacina BCG do nosso programa nacional de imunização, que são 10 milhões de unidades por ano, gere esse excedente [que vai ser produzido] de 60 milhões de unidades, como parte de um esforço que o país está fazendo de disputar o mercado internacional de vacinas" , afirmou.
Padilha esteve em evento na Clínica da Família da Rocinha, zona sul da capital fluminense, que homenageou o programa carioca de combate à tuberculose. Durante o evento, a diretora-geral da Organização Mundial de Saúde, Margareth Chan, conheceu as conquistas do modelo brasileiro no tratamento da doença.
A Fundação Ataulfo Paiva, laboratório público responsável pela fabricação da vacina, vai receber os investimentos para construção de um novo parque industrial em Xerém, no município de Duque de Caxias, Baixada Fluminense. Atualmente, o pólo industrial localizado no centro do Rio de Janeiro produz 10 milhões de vacinas por ano.
Nos últimos quatro anos, a incidência de tuberculose no município caiu de 97,5 para 73,9 doentes por 100 mil pessoas infectadas, uma redução de 24%. A cidade, que ocupava o último lugar entre as capitais, avançou cinco posições no tratamento da tuberculose.