Balanço do Ministério da Saúde divulgado no Dia Nacional de Controle da Asma, lembrado nesta quinta-feira (21), mostra que o número de beneficiados pelo programa Saúde Não tem Preço já aumentou em 28% em todo o país. Em duas semanas, de 4 a 18 de junho, 31.176 pessoas retiraram os antiasmáticos das farmácias populares. Nos 15 dias que antecederam o início da gratuidade, 24.344 pessoas haviam comprado os medicamentos com até 90% de desconto nas farmácias.
Até o dia 4, o governo federal arcava com 90% do custo dos remédios e os consumidores com 10%. Agora, o governo assumiu a contrapartida que era paga pelo cidadão e oferece de graça três medicamentos para a doença em dez apresentações.
Com a gratuidade, em alguns estados o crescimento do número de pacientes que retiraram medicamentos ultrapassou 60%, como no Rio Grande do Sul, que apresentou aumento de 64% no número de beneficiados com os remédios. Em 15 dias, 8,7 mil pessoas retiraram medicamentos no estado, contra 5,3 mil que haviam retirado nas duas semanas anteriores à gratuidade.
A asma está entre as principais causas de internação entre crianças nesta faixa etária. Em 2011, do total de 177,8 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS) em decorrência da doença, 77,1 mil foram crianças com esta idade. Além disso, cerca de 2,5 mil pessoas morrem por ano por causa da asma.
Os antiasmáticos brometo de ipratrópio, dirpoprionato de beclometasona e sulfato de salbutamol foram incluídos na ação Saúde Não Tem Preço, ao lado dos 11 medicamentos para hipertensão e diabetes, ofertados gratuitamente desde fevereiro de 2011. Nas 554 unidades próprias é ofertado gratuitamente o sulfato de salbutamol em duas apresentações. Já nas 20.374 da rede privada, conveniadas ao programa Aqui Tem Farmácia Popular, são ofertados os três medicamentos em oito apresentações. Para retirar os medicamentos, basta apresentar documento com foto, CPF e a receita médica dentro do prazo de sua validade.