O Fundo da ONU para a População (Unfpa) recebeu com preocupação a notícia de que uma chinesa, grávida de sete meses, teria sido forçada a abortar. A agência afirma que se opõe de forma rigorosa a qualquer tipo de aborto forçado.
Segundo agências de notícias, a chinesa de 23 anos, da província de Shaanxi, foi agredida por autoridades locais e obrigada a interromper a gestação no último dia 2 de junho. Ela e o marido não tinham condições de pagar a multa de 40 mil yuans (R$ 12,8 mil) para dar à luz a um segundo filho.
A agência da ONU informou que a ação viola o consenso estabelecido em 1994 pela Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento do Cairo.
O escritório do Unfpa na China pediu uma investigação junto à Comissão de Planejamento Familiar do país. Vários funcionários chineses envolvidos no caso foram suspendidos de suas funções e que as investigações foram iniciadas.
De acordo com o Unfpa, a comissão chinesa informou que já tomou todas as providências oficiais necessárias para que esse tipo de violação não volte a ocorrer.
Ainda segundo as informações das agências, o caso ficou conhecido quando fotos da vítima, junto ao feto, foram disseminadas na internet. As imagens foram registradas pelo marido logo após a intervenção e tornaram-se "virais", causando indignação pública no país.