Cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, criaram uma versão artificial de um dos componentes mais importantes do sangue humano, as plaquetas.
O trabalho, publicado na revista Advanced Materials, representa um passo significante na produção de sangue artificial no futuro.
As plaquetas são responsáveis por estancar sangramentos e permitir a cicatrização de ferimentos. De acordo com o pesquisador Nishit Doshi, as novas plaquetas sintéticas têm potencial para serem usadas também em muitas outras aplicações biomédicas.
Plaqueta sintética
Em formato de disco, as plaquetas são menores do que os glóbulos vermelhos, com diâmetros entre 2 e 4 micrômetros (milésimos de milímetro).
Para imitar as dimensões, o formato, e a funcionalidade superficial das plaquetas naturais, os pesquisadores tiveram que partir de um molde de plástico, sobre o qual foram depositadas camadas de proteínas e compostos conhecidos como polieletrólitos.
Como o plástico é rígido demais em comparação com a flexibilidade das plaquetas naturais, o molde inicial foi posteriormente dissolvido com um composto químico.
Já sem o plástico, a plaqueta sintética foi recoberta com as mesmas proteínas encontradas nas plaquetas naturais.
Segundo os pesquisadores, depois de serem adequadamente testadas, a fim de verificar sua segurança para o corpo humano, as plaquetas artificiais poderão ser usadas em diversas situações, como na interrupção de hemorragias e no controle de sangramentos durante as cirurgias.
Outra possibilidade promissora de uso é no envio de medicamentos específicos para dissolver coágulos, presentes em condições graves, como derrames e tromboses.