A Associação Médica Americana já pediu o fim da figura do mascote Ronald MacDonald's. Organizações que representam médicos de todas as especialidades no Reino Unido, exigiram que marcas como McDonald's e Coca-Cola sejam proibidas de patrocinar eventos como os Jogos Olímpicos. A Associação Médica Australiana propôs uma taxa extra sobre estes alimentos a fim de diminuir o consumo.
Por todo o mundo, os profissionais de saúde se movimentam para minimizar os efeitos das junk foods (fast foods), classe da qual o hambúrguer é um dos principais representantes.
De acordo com o presidente do Departamento de Endocrinologia da Associação Paulista de Medicina (APM), o endocrinologista João Roberto de Sá, a Organização Mundial de Saúde (OMS) vem se movimentando para criar políticas que reduzam ou mesmo proíbam as propagandas deste tipo de alimento para crianças e jovens, além de buscar mudanças na formulação destes alimentos, diminuindo as gorduras e o sal.
"Os fast foods têm poucas fibras, são ricos em sódio, em gorduras (em geral trans) e muito calóricos. Aqui no Brasil, várias escolas já estão proibindo frituras, sanduíches, entre outros fast foods. Como consciência da classe médica acredito que o país está se posicionando de forma correta nesta campanha mundial. Nossa maior preocupação é a explosão da obesidade e junto com ela doenças como o diabetes e suas complicações. A medicina que buscamos é a preventiva, é sensibilizar a criança e o adolescente, impedindo o inicio do processo da obesidade neste momento," completa o especialista.