A azitromicina, um antibiótico de uso popular aplicado no tratamento de bronquite, pneumonia, infecções do ouvido e doenças sexualmente transmissíveis, pode aumentar o risco de problemas cardíacos, de acordo com um estudo de pesquisadores dos Estados Unidos.
A pesquisa, publicada na revista New England Journal of Medicine, sugere que o uso do medicamento aumenta 2,5 vezes a possibilidade de acidentes cardiovasculares nos primeiros cinco dias de tratamento comparado com outro antibiótico ou com um tratamento sem antibiótico.
Para o trabalho, os pesquisadores revisaram dados de históricos médicos de pacientes do estado do Tennessee entre os anos de 1992 e 2006.
A equipe, liderada por Wayne A. Ray da Vanderbilt University realizou uma comparação entre 348 mil casos nos quais os médicos prescreveram azitromicina com históricos de pacientes que não foram tratados com antibióticos ou que receberam amoxicilina, outro antibiótico considerado seguro para o coração.
Os resultados mostraram que durante 5 dias de tratamento, os pacientes tratados com azitromicina apresentaram um maior risco de morte por problemas cardíacos.
Ao todo a análise concluiu que havia 47 mortes a mais por cada milhão de pessoas que tomavam azitromicina comparados aos que receberam amoxicilina.
Quando examinaram pacientes com alto risco de problemas cardíacos, as possibilidades aumentaram para 245 mortes cardiovasculares a mais por milhão no grupo de azitromicina comparado aos do outro antibiótico.
Veja mais detalhes sobre esta pesquisa (em inglês).