A Food and Drug Administration dos Estados Unidos (FDA) aprovou o medicamento Votrient (pazopanib) para tratar pacientes com sarcoma avançado dos tecidos moles que já receberam quimioterapia.
Sarcoma de tecido mole é um câncer que começa no músculo, nos adipócitos, no tecido fibroso e em outros tecidos. Votrient é uma pÃlula que funciona interferindo na angiogênese, o crescimento de novos vasos sanguÃneos necessários para o crescimento e desenvolvimento de tumores sólidos.
Um câncer raro com muitos subtipos, o sarcoma dos tecidos moles ocorre em cerca de 10 mil pessoas anualmente nos Estados Unidos. Mais de 20 subtipos de sarcoma foram incluÃdos no estudo clÃnico que levou à aprovação do Votrient. A droga não é aprovada para pacientes com sarcoma de tecido mole dos adipócitos e tumores estromais gastrointestinais.
"Sarcomas de tecidos moles são um grupo diverso de tumores e a aprovação do Votrient para esta classe geral de tumores é a primeira em décadas. O desenvolvimento de drogas para sarcomas tem sido especialmente desafiador por causa do número limitado de pacientes e múltiplos subtipos da doença", afirma Richard Pazdur, da FDA.
A segurança e a eficácia do medicamento foi avaliada em um único estudo clÃnico em 369 pacientes com sarcoma avançado dos tecidos moles que tinham recebido quimioterapia anterior.
Os pacientes foram selecionados aleatoriamente para receber Votrient ou um placebo. O estudo foi desenhado para medir o tempo que um paciente vive sem progressão do câncer (sobrevida livre de progressão). A doença não progrediu por uma média de 4,6 meses para os pacientes que receberam Votrient, em comparação com 1,6 meses para aqueles que receberam o placebo.
Os efeitos secundários mais comuns em pacientes tratados com Votrient foram fadiga, náuseas, diarreia, perda de peso, diminuição do apetite, vômitos, tumor e dor muscular, alterações da cor do cabelo, dor de cabeça, falta de ar e descoloração da pele.
Votrient carrega uma advertência alertando pacientes e profissionais de saúde para o risco potencial de danos ao fÃgado (hepatotoxicidade), que pode ser fatal. Os pacientes devem ser monitorados para a função hepática e o tratamento deve ser interrompido caso haja declÃnio da função hepática.