Cientistas britânicos desenvolveram um novo dispositivo oftalmológico capaz de detectar tumores cerebrais e outras doenças graves em crianças e adultos.
A ferramenta utiliza luz infravermelha, semelhante a usado em controles remotos, para medir a visão periférica.
Problemas na visão periférica podem ser indicadores precoces de lesão cerebral, tumores, acidentes vasculares cerebrais e condições que podem levar à cegueira.
Segundo informações da BBC, um protótipo da máquina já está em uso no Edinburgh Sick Kids hospital, no Reino Unido.
A visão periférica é responsável por 'dizer' ao cérebro se uma palavra que está sendo lida, está no inÃcio ou no final de uma frase, ou na parte superior ou inferior de uma página.
Essa visão também informa para onde uma pessoa deve olhar se alguém entra na sala ou se um carro está se aproximando ao lado.
Ferramentas que atualmente testam a visão periférica necessitam que a pessoa pressione um botão em resposta a luzes que se movem e piscam. Esses aparelhos, no entanto, não podem ser usados em cerca de 30% da população.
O dispositivo i2eye, lançado pela organização Edinburgh Bioquarter, usa LEDs infravermelhos e uma câmera para registrar o movimento dos olhos.
Isso significa que ele pode ser usado em uma parcela mais abrangente da população, incluindo crianças, jovens e aqueles que têm dificuldade em pressionar um botão de forma rápida.
"Até agora não tivemos nenhuma forma de medir exatamente os campos visuais de crianças pequenas. Tudo o que temos sido capazes de fazer é sentar na frente delas e tentar ver para onde elas estão olhando. Este sistema utiliza a curiosidade natural da criança e torna o procedimento mais fácil", afirma o professor Robert Minns, especialista em neurologia infantil da Universidade de Edimburgo.
Segundo Peter Estibeiro, diretor executivo da Edinburgh Bioquarter, o dispositivo trabalha rastreando o olho das crianças, usando as reações naturais aos movimentos na televisão para construir um mapa padrão do campo visual.