A apneia obstrutiva do sono afeta, atualmente, 33% dos paulistas. O dado faz parte de um alerta do Instituto do Coração (Incor) em São Paulo. A unidade promove, hoje (16), Dia Mundial do Sono, vários ações de conscientização à população sobre a importância de dormir bem para preservar a saúde cardíaca. A equipe do Laboratório do Sono distribuiu panfletos e ficou a disposição da população na sede do InCor, zona oeste paulistana, para orientar sobre as doenças relacionados ao sono.
O diretor do laboratório, Geraldo Lorenzi Filho, destacou que é cada vez mais frequente as pessoas dormirem menos por estarem envolvidas em outras atividades. " A gente vai dormir cada vez mais tarde, vendo televisão, fica na internet e no dia seguinte tem que acordar cedo" , exemplificou.
" Isso, em médio e longo prazo, pode acarretar problemas. Desde os problemas mais óbvios, você estar cansado no dia seguinte, com menos memória, maior risco de acidentes, menor produtividade, até problemas cardíacos" , alertou Lorenzi.
O médico destacou ainda o problema da apneia obstrutiva do sono, quando o paciente tem dificuldades para respirar durante a noite. " As manifestações clínicas são o ronco alto, que incomoda os outros. A pessoa acorda muitas vezes durante a noite, tem cansaço e sonolência durante o dia" , destacou Lorenzi.
Em longo prazo, a apneia pode comprometer a saúde coronária. " Na hora que você vai dormir, que seria um momento de descanso, essas pessoas ficam como se estivesse mergulhando o tempo todo, se sufocando" , explicou o médico. Ele recomenda que as pessoas com esses sintomas façam o exame de polissonografia, que avalia o comportamento do paciente durante o sono.