Foi inaugurado na zona sul da capital paulista um novo ambulatório especializado em tratamento de alterações ósseas em pacientes infectados pelo vírus HIV. O novo serviço Fica no Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids da Secretaria Estadual de Saúde.
Segundo a infectologista Gisele Gosuen, responsável pelo ambulatório, estima-se que 15% dos soropositivos apresentam perda de resistência óssea e 52% desenvolvem diminuição da densidade mineral óssea.
Além disso, em virtude de um processo de desmineralização por deficiência de vitamina D, observa-se também entre os pacientes a incidência de casos de perda de consistência óssea (osteomalácia).
"Vários fatores estão envolvidos na ocorrência de alterações ósseas em pacientes infectados pelo HIV, tais como o tempo de infecção, idade avançada, baixo peso, tabagismo, raça branca, sexo feminino, valor da carga viral, além de usos de medicamentos, como inibidores de protease, análogos nucleosídeos - entre eles estavudina e tenovofir - e corticoides", ressalta Gisele.
De acordo com a especialista, mulheres em menopausa e homens com idade igual ou superior aos 50 anos e com história prévia de fratura têm risco mais elevado para apresentação de fraturas. Pacientes com este perfil serão submetidos alguns exames para investigação e prescrição de tratamento, entre os quais a realização da densitometria óssea (radiografia) e medições das taxas de ureia, creatinina e cálcio total.