Pesquisadores da University of California, nos Estados Unidos, desenvolveram uma nova técnica que pode permitir a realização de ressonância magnética em escala nanométrica.
Os resultados, publicados na revista online Science Express, sugerem que a abordagem tem potencial para fornecer imagens tão pequenas quanto a da estrutura de proteínas, um dos objetivos primordiais da biologia estrutural.
A líder da pesquisa, Ania Bleszynski Jayich e seus colegas passaram um ano trabalhando em um experimento que acoplou centros vácuos de nitrogênio em diamantes com ressonadores nanomecânicos. O projeto serviu de base para o novo trabalho dos cientistas.
Um centro vácuo de nitrogênio (NV) é um defeito específico no diamante que exibe um comportamento quântico magnético conhecido como spin. Quando um único spin no diamante é acoplado com um ressonador mecânico magnético, dispositivo usado para gerar ou selecionar frequências específicas, ele revela o potencial para criar uma nova técnica sensorial em nanoescala com implicações para a biologia e tecnologia.
Entre as possíveis aplicações futuras dessa técnica está a ressonância magnética em uma escala pequena o suficiente para capturar imagens da estrutura de proteínas, um dos objetivos primordiais da biologia estrutural.
Segundo os pesquisadores, a mesma física que permite que o NV detecte o campo magnético do ressonador vai permitir a ressonância magnética em nanoescala.
"Vamos poder tornar a ressonância magnética mais precisa, e capaz de capturar mais detalhes. É como ter uma câmera com oito megapixels contra uma com dois megapixels e tirar uma foto do rosto de alguém. Essa é a ideia, queremos ver do que uma proteína é composta", explica Jayich.
A equipe acredita que o trabalho sugere que a ressonância magnética em uma escala mínima é possível, embora uma quantidade significativa de trabalho ainda precisa ser feito.