Bilhões de nanopartículas artificiais presentes em alimentos e produtos farmacêuticos são mais prejudiciais para a saúde do que se pensava anteriormente, advertem pesquisadores da Cornell University, nos Estados Unidos.
A equipe avaliou como nanopartículas de poliestireno, substância comum encontrada em aditivos alimentares e vitaminas, afetam a forma como as galinhas absorvem o ferro, um nutriente essencial para suas células.
Segundo os investigadores, eles escolheram as galinhas porque esses animais absorvem o ferro em seus corpos de forma semelhante aos seres humanos, e elas são igualmente sensíveis à deficiência do micronutriente.
Os resultados mostram que a exposição às nanopartículas em altas intensidades em um período curto inicialmente bloqueia a absorção de ferro.
Já a exposição em longo prazo causa alterações nas estruturas das células intestinais, permitindo um pequeno aumento compensatório na absorção de ferro.
O líder da pesquisa, Michael Shuler, afirma que o trabalho serve para sublinhar como tais partículas, que têm sido amplamente estudados e consideradas seguras, causam alterações pouco detectáveis que podem levar a, por exemplo, absorção em excesso de vários outros compostos prejudiciais.