A pediatria e a ginecologia são as especialidades médicas que mais predominam entre os médicos brasileiros: um quarto deles. Dados fazem parte do estudo da Demografia Médica no Brasil, realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).
De acordo com o mapeamento, 204.563 médicos têm pelo menos um título de especialização, o equivalente a 55% do total de profissionais em atividade. Dentro desse universo, os pediatras e ginecologistas respondem por 24,4%.
As outras especialidades mais procuradas são anestesiologia, cirurgia geral, clínica médica, ortopedia e traumatologia, oftalmologia, medicina do trabalho, cardiologia, radiologia e diagnóstico por imagem. O estudo não avalia se existe falta ou excesso de profissionais em determinada especialidade.
De acordo com o censo médico, os especialistas estão concentrados na Região Sul, onde há 1,95 médico com especialização para um generalista. No Norte e Nordeste, há menos de um especialista por profissional generalista. A média nacional é 1,23 especialista por generalista. Em 12 estados, existem mais médicos generalistas, entre eles Amazonas, Tocantins, Rio de Janeiro, Acre e Maranhão.
A pesquisa traz dados sobre o perfil demográfico dos médicos, a distribuição geográfica e a presença nos setores público e privado da saúde, além de um censo inédito dos especialistas e algumas comparações internacionais.
Segundo o presidente do CFM, Roberto d' Avila, o compromisso do conteúdo é produzir um conhecimento sistemático, objetivo e preciso sobre a demografia médica brasileira, " que permita alimentar a discussão à luz de evidências e contribuir para a tomada de decisões fundamentadas" .
" Tendo em vista o debate atual sobre a necessidade de médicos, nosso compromisso é produzir um conhecimento sistemático, objetivo e preciso sobre a demografia médica brasileira. Inclusive, porque a publicação coincide com o surgimento de propostas do Governo Federal e do Poder Legislativo para o enfrentamento da escassez, provimento e fixação de médicos em áreas desassistidas" , completa o presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), Renato Azevedo Junior.