Pesquisa conduzida pela Universidade de Wisconsin-Milwaukee (UWM) , nos Estados Unidos, levou ao desenvolvimento de uma abordagem capaz de combater a crescente resistência de bactérias aos antibióticos. Ao invés de utilizar medicamentos para matar as bactérias, o microbiologista Ching-Yang Hong criou uma maneira de desarmar os microorganismos responsáveis por infecções, anulando a doença sem a preocupação sobre a resistência aos antibióticos . O estudo levou ao desenvolvimento de um composto capaz de desligar a "válvula" no DNA do patógeno - aquilo que lhe permite invadir e infectar.
"Analisamos as vias de defesa genômicas em plantas para identificar todos os precursores à infecção. Depois, usamos as informações para descobrir um grupo de novas pequenas moléculas que interrompem um canal no intrincado sistema de vias"
Yang e o colaborador Xin Chen, que é professor de química na Changzhou,University, na China, testaram o composto em duas bactérias virulentas que afetam plantas e em uma que ataca os seres humanos. Eles descobriram do composto contra as três bactérias e acreditam que ele possa ser aplicado em tratamentos para as plantas, animais e pessoas.
Entre as bactérias testadas pelos pesquisadores está a Pseudomonas aeruginosa, que é resistente a uma ampla gama de antibióticos. Ela causa infecções nas pessoas com sistemas imunológicos comprometidos, como os pacientes e HIV e câncer. É também responsável pelas infecções pulmonares nos pacientes com fibrose cística e infecções relacionadas ao ambiente hospitalar, tais como infecções do trato urinário, pneumonia e infecções por queimaduras.
A taxa de mortalidade causada por ela é de cerca de 50%. As infecções hospitalares do trato urinário por P. aeruginosa custam mais de US $ 3,5 bilhões por ano aos Estados Unidos.
Fatores de virulência
Os compostos que Yang e Chen desenvolveram são únicos porque têm como alvo apenas um componente do grupo de componentes que torna as bactérias patogênicas prejudiciais.
Um desses componentes, o sistema de secreção tipo III (T3SS), dá aos patógenos sua capacidade de invadir uma célula, deixando entrar uma série de proteínas que aumentam a capacidade da bactéria de causar a doença.
"Estas bactérias são muito inteligentes. Elas crescem um apêndice estreito que atua como uma "agulha" que injeta os fatores de virulência, como as toxinas, dentro da célula hospedeira. A célula hospedeira não consegue reconhecer a 'agulha' do patógeno, então o seu mecanismo de defesa não é acionado", diz Yang.
Os compostos de Yang e Chen bloqueiam a produção de T3SS. Apesar de terem testado os compostos em apenas três patógenos, eles têm razão para acreditar que os mesmos serão eficazes contra muito outros patógenos.
"O T3SS existe em muitos tipos diferentes de bactérias causadoras de doenças, então os compostos podem atacar múltiplos patógenos. Esta é a beleza da coisa", disse Yang.
Ele e os membros de seu laboratório estão trabalhando no desenvolvimento de derivados mais que poderiam ser eficazes contra diferentes tipos de bactérias nocivas.
Yang também acredita que os seus compostos terapêuticos, como os antibióticos, podem oferecer tanto um amplo espectro de atividade quanto serem exclusivos para um patógeno específico, dependendo de quais elementos de virulência são atacados.
Fatores de virulência
Os compostos que Yang e Chen desenvolveram são únicos porque têm como alvo apenas um componente do grupo de componentes que torna as bactérias patogênicas prejudiciais.
Um desses componentes, o sistema de secreção tipo III (T3SS), dá aos patógenos sua capacidade de invadir uma célula, deixando entrar uma série de proteínas que aumentam a capacidade da bactéria de causar a doença.
"Estas bactérias são muito inteligentes. Elas crescem um apêndice estreito que atua como uma "agulha" que injeta os fatores de virulência, como as toxinas, dentro da célula hospedeira. A célula hospedeira não consegue reconhecer a 'agulha' do patógeno, então o seu mecanismo de defesa não é acionado", diz Yang.
Os compostos de Yang e Chen bloqueiam a produção de T3SS. Apesar de terem testado os compostos em apenas três patógenos, eles têm razão para acreditar que os mesmos serão eficazes contra muito outros patógenos.
"O T3SS existe em muitos tipos diferentes de bactérias causadoras de doenças, então os compostos podem atacar múltiplos patógenos. Esta é a beleza da coisa", disse Yang.
Ele e os membros de seu laboratório estão trabalhando no desenvolvimento de derivados mais que poderiam ser eficazes contra diferentes tipos de bactérias nocivas.
Yang também acredita que os seus compostos terapêuticos, como os antibióticos, podem oferecer tanto um amplo espectro de atividade quanto serem exclusivos para um patógeno específico, dependendo de quais elementos de virulência são atacados.